
Na manhã da última sexta-feira, (04) o vereador eleito Fagner Fernandes participou de reunião com o Ministério Público. O encontro que foi conduzido pela promotora Gilka Miranda e teve como pauta principal a situação dos nove animais que atualmente tem como lar a Universidade Federal de Pernambuco – Campus Agreste.
A audiência foi motivada após a comunidade acadêmica e protetores que militam em defesa da causa animal serem surpreendidos com a decisão que foi emitida no site da instituição, no último dia 10 de outubro, determinando que, num prazo de 15 dias, os interessados em adotar os cães que se encontram no Centro Acadêmico deveriam formalizar a retirada do animal do local junto ao Setor de Segurança do Campus. A nota determinava ainda que ao término desse prazo seria realizado um evento de adoção com os animais restantes; no caso daqueles que não conseguissem ser adotados, esses seriam encaminhados para o Departamento de Controle Urbano da UFPE em Recife.
Estiveram presentes na reunião os advogados Gilmar Araújo e Michele Queiroz, representando a OAB; Manoel Guedes, em nome da UFPE; além da professora de Direitos Humanos do Campus Agreste e protetora de animais, Ana Maria Barros. A reunião foi assistida também por professores e alunos que lidam diretamente com os animais em questão, os alimentando e fornecendo aos mesmos todos os cuidados necessários.
Durante a discussão, a administração da universidade alegou a retirada dos animais tendo em vista que três dos cães que lá estão tinham comportamento bravio e assustavam alguns funcionários e alunos da instituição, e também em função dos cães terem causado danos a patrimônios pertencentes a servidores e alunos.
Em contrapartida, os professores presentes e protetores protegeram os animais, defendendo a permanência dos mesmos, já que a maioria tem perfil dócil, são castrados, vacinados e não representam risco às pessoas. Eles também reconheceram a existência dos três animais mais agressivos e sugeriram na oportunidade que a Gerência de Proteção Animal do município acompanhasse o caso, já que é um órgão que entende o manejo com animais.
Ao final da reunião, a maioria acatou a proposta indicada por Fagner Fernandes, para que os três animais considerados agressivos sejam castrados e direcionados para adoção responsável, que será intermediada pela GPA, e os demais encaminhados para evento de adoção, e caso eles não sejam adotados, permaneçam na UFPE.
Para Fagner Fernandes, os animais do campus são caracterizados como comunitários, que não têm um dono definido, porém, o vínculo criado com a comunidade que o acolheu garante a eles todos os cuidados necessários. “Os animais que estão na UFPE contam com alimentação adequada, água limpa, calendário vacinal em dia e atendimento médico sempre que necessário, além de serem castrados, fato que possibilita o controle de natalidade no local. Eles não estão abandonados, eles contam com a voz dos humanos que os defendem e vão continuar lutando por todos eles”.
Fonte: Portal Mídia Urbana