
A fotojornalista Jo-Anne McArthur visitou múltiplas fazendas de peles pelo mundo. Nestes lugares, animais são mantidos em cativeiro sob péssimas condições para extração de suas peles, que são usadas na confecção de roupas e acessórios. Em cada metro quadrado destes espaços há muita dor e sofrimento animal.

A maioria das fotografias capturadas por Jo-Anne são feitas à noite, sem permissão dos proprietários destes locais. Em alguns casos, ela também acompanhou missões de resgate, como a organizada pelo grupo Montreal SPCA, onde raposas e visons foram salvos. Recentemente, uma campanha convidou pessoas a doar suas roupas de pele para ajudar animais resgatados.

O resgate, porém, não é possível para todos os animais e muitos deles precisam ser deixados para trás. Quando não são resgatados, os animais costumam permanecer nestas fazendas até sua morte – em alguns casos, são mortos pelos funcionários do local com o uso de injeções ou gases letais ou mesmo eletrocutados. Quando são salvos, eles geralmente são enviados para santuários ou zoológicos para viver em liberdade – ou precisam ser sacrificados por estarem em condições muito precárias para sobreviver.

A fotógrafa escreveu sobre sua experiência nestas fazendas de peles em seu livro We Animals. Ela conta que os locais de confinamento são geralmente localizados próximos dos locais onde estes animais viveriam na natureza, o que aumenta ainda mais a crueldade da ação, já que eles poderiam sentir e ver a floresta, mesmo estando trancados em pequenas gaiolas.

No livro We Animals, a fotógrafa retrata o sofrimento destes e de outros animais em um convite para que repensemos nossa relação com outras espécies. As fotografias estão disponíveis gratuitamente para organizações educacionais e de caridade. Para que isso seja possível, o projeto conta com doações. Outra maneira de ajudar é se informar sobre a origem de suas roupas buscando saber mais sobre vestimentas sustentáveis ou mesmo repensar se você realmente precisa de roupas novas.
Fonte: Hypeness