Com a morte da fêmea, a espécie é oficialmente considerada extinta na Malásia
Morreu a última fêmea da espécie rinoceronte-de-sumatra da Malásia. Com a morte do animal, restam menos de 80 rinocerontes na natureza, segundo a International Rhino Fundation, entidade que promove ações de proteção aos rinocerontes.

Iman, de 25 anos, morreu no último dia 23. Sua morte determina a extinção da espécie na Malásia. O último macho que habitava a região, de nome Tam, morreu há seis meses com 30 anos. A causa da morte foi a falência de seus órgãos. As informações são da revista Galileu.
O material genético dos dois animais foi guardado para que sejam feitas tentativas de converter células em embriões viáveis para serem transplantados em outros rinocerontes.
Iman foi capturada em 2014 e encaminhada a um programa de reprodução que tinha como objetivo salvar a espécie. A fêmea tinha tumores no útero e na bexiga que a faziam sentir muita dor. Uma cirurgia para reverter o caso seria inviável devido ao risco de perda de sangue após o procedimento.
Iman morreu de choque, isso é, seus órgãos pararam de funcionar por não receberem fluxo sanguíneo. Ela pesava 476 kg, tendo perdido 44 kg devido à doença.
Estes rinocerontes foram dizimados pela caça, que visa retirar seus chifres para comercializá-los na Ásia. Com mais de 70% de queda na população da espécie, o rinoceronte-de-sumatra é provavelmente o mamífero mais ameaçado do planeta. Atualmente, as populações selvagens da espécie se concentram na Indonésia.