No último domingo, cerca de 2 mil pessoas marcharam na cidade de Hong Kong, China, protestando contra a crueldade aos animais e exigindo ao governo uma legislação e penalidades mais rígidas àqueles que agridam animais.

Organizada pela AnimalSaverHK, na marcha estavam grupos de defensores dos animais e voluntários, todos em protesto aos recentes casos locais de animais sofrendo maus-tratos, feridos ou mortos. Entretanto, de acordo com o Apple Daily, alguns manifestantes supostamente tiveram que ser retirados devido à pressão política no local.
Os manifestantes também realizaram uma vigília no Chater Garden de Central após um caso em que um spitz japonês, chamado Siu Bak, foi supostamente jogado do telhado de um prédio de 23 andares no início deste ano.
De acordo com informações do Hong Kong Free Press, no início deste mês, a polícia designou equipes dedicadas para investigar casos de crueldade contra animais em 22 distritos da China, aumentando a cobertura de 13 distritos. Atualmente, qualquer pessoa considerada culpada de crueldade aos animais está sujeita a multas e até três anos de prisão no país.
A AnimalSaver HK afirmou, em uma carta aberta ao diretor executivo de Hong Kong, que a pena total raramente era aplicada, observando que a maioria dos casos resultou em, no máximo, 16 meses de prisão.

Alegando que as leis dos animais não são aplicadas de forma eficaz, a carta aberta também pediu à polícia para criar um departamento dedicado para a proteção dos animais.
No protesto, cartazes diziam: “O veganismo é a única maneira de parar a crueldade contra os animais” e manifestantes gritavam “Você não precisa amá-los, mas não os machuque”. Alguns caminhavam com seus animais, apesar do pedido dos organizadores não para trazê-los.
Uma manifestante disse em entrevista ao Apple Daily que se sentia impotente ao ouvir sobre casos de abuso animal. “Devemos fazer com que essas pessoas saibam que elas devem ter responsabilidade legal [sobre os crimes contra animais]”.