Restam apenas 250 mil chimpanzés na África. O número, quando comparado ao que foi registrado há 10 anos, quando cerca de 2 milhões desses animais viviam em 25 países do continente africano, expõe uma grave queda na população da espécie.

A diretora adjunta do Instituto Jane Goodall, Laia Dotras, afirmou à agência EFE o declive populacional drástico que os chimpanzés vivenciam é provocado “sobretudo pela perda do habitat” devido à “exploração de madeira e recursos minerais”. A espécie é vítima também da caça.
Segundo Dotras, essa é “uma das maiores crises de biodiversidade” atuais e se não forem tomadas medidas urgentes, os chimpanzés “não tardarão a desaparecer”. As informações são do portal Público.
A diretora afirma que é “essencial educar e fazer entender os problemas socioambientais locais” para evitar a extinção da espécie. Para “assegurar a sustentabilidade a longo prazo”, Dotras sugere que seja incentivado o desenvolvimento sustentável em diferentes regiões africanas.
“A pobreza e o desconhecimento induzem muitos africanos a usar os recursos do seu meio ambiente de forma insustentável”, asseverou Dotras, que citou como exemplo o desmatamento, que faz com que áreas fiquem “quase desertas e a terra já não se pode aproveitar para cultivar”.