A ave foi encontrada com uma linha de pesca dentro do corpo, saindo pelo bico. Um exame de radiografia identificou um anzol no estômago do animal
Um martim-pescador-grande foi devolvido à natureza após ser resgatado com um anzol no estômago. O animal, que vive no Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu (PR), estava com uma linha de pesca dentro do corpo, saindo pelo bico, quando foi encontrado pela Polícia Ambiental. O anzol foi descoberto através de um exame de radiografia.

Após ser resgatado, o animal foi operado por especialistas do Parque das Aves. Recuperado, ele foi solto no Rio Iguaçu.
A suspeita da chefe da Divisão de Veterinária do parque, Ligia Oliva, é de que a ave tenha engolido o anzol após se alimentar de um peixe fisgado por pescadores. Ao G1, Ligia informou que a remoção do anzol através do bico do pássaro não foi possível devido a possibilidade de gerar lesões viscerais. A cirurgia, embora delicada, foi necessária para garantir a sobrevivência do martim.
Os hábitos da espécie foram levados em consideração no momento da soltura, realizada pela Polícia Ambiental. Animais diurnos devem ser devolvidos à natureza de manhã e os que são noturnos precisam ser soltos no final da tarde, segundo a bióloga Katlin Fernandes. O martim-pescador-grande foi levado ao rio no período da manhã.
Embora seja comum em todas as regiões brasileiras, a ave vive principalmente na Mata Atlântica, de acordo com especialistas.

Parque das Aves
Além de resgatar aves encontradas em situação de risco, o parque atende pássaros resgatados pela polícia na região de Foz do Iguaçu.
De acordo com a direção do parque, mais de 120 aves mantidas em cativeiro e vítimas do tráfico do animais foram atendidas no local no primeiro semestre de 2019.