Cerca de 15 gatos foram abandonados, há dois meses, em uma casa vazia no Jardim Vieira de Moraes, em Itapetininga, no interior de São Paulo. Vizinhos afirmam que a tutora dos animais mudou de endereço e deixou os gatos no imóvel.

“Abandonaram. Alugaram a casa, fecharam com os gatos e foram embora. Nesse calor eles passam sede, fome. Então, a gente tem que ficar dando comida para eles. Uns estão doentes e com sarna. É uma judiação”, diz Gilma Gomes da Silva Galão.
“A gente não sabe como é a saúde desses animais. Às vezes com sarna, às vezes com outras doenças que a gente não sabe”, diz Luiz Anunciato Leite. As informações são do portal G1.
Devido a casos como esse, o casal Adriana e Mauro Plens decidiu se dedicar aos animais abandonados. Eles estabeleceram uma parceria com a Zoonoses da cidade e atualmente cuidam de mais de 50 cães e 27 gatos.
“Sempre tem alguém cuidando deles, porque os animais podem se estranhar e brigar entre eles. E também tem a questão do barulho. Se deixarmos sozinhos o barulho é insuportável e não há vizinho que aguente”, explica Mauro.

Após serem resgatados, os animais são submetidos a atendimento veterinário, castração, vacinação e, depois, são disponibilizados para adoção.
“Hoje nossa maior dificuldade é com os gastos veterinários, porque tudo é muito caro. Não recebemos nenhum recurso público, trabalhamos com nosso próprio recurso e com arrecadações que fazemos com vendas de pizza, de bolo, de rifas. Assim como todo protetor se vira”, afirma Adriana.
O maior sonho do casal, segundo Adriana, é encontrar um lar para todos os animais. “Eu queria muito que esse canil estivesse vazio. O nosso sonho é que eles encontrem um lar de amor, um lar responsável que os ame, porque eles ainda não tiveram essa oportunidade”, diz.

O tenente Felipe José Leme lembra que abandonar animais é crime, assim como “deixar sem alimentação e atos de mutilação configuram o crime”.
“O indivíduo vai incorrer em crime na esfera penal e administrativa com multa no valor de R$ 3 mil por animal, além do crime que tem pena de três meses até um ano de detenção. E a pena é aumentada caso ocorra a morte do animal”, explica.
O setor de Zoonoses da cidade diz que o órgão não tem a função de resgatar animais, mas de cuidar de doenças que podem ser transmitidas a humanos e realizar palestras e ações na área urbana e rural para repassar informações sobre guarda responsável e dicas para que os animais tenham boa saúde.