Mais um caso de crueldade extrema praticada contra animais. Mas esse “exterminador de gatos” tem ainda um lado mais obscuro: ele é um serial killer (um assassino em série), ou seja, um psicopata que tem sede de torturar muitas vítimas, sem qualquer chance de cura e que pode, a qualquer momento, migrar para outros alvos vulneráveis, como as crianças de sua própria vizinhança.

Estudos feitos pelo FBI chegaram à conclusão que a maior parte dos matadores em série, entre 85% e 90%, torturam e matam animais antes de migrarem para vítimas humanas e, geralmente, utilizam gatos mansos e filhotes. Uma profunda pesquisa sobre o passado dos mais famosos psicopatas do mundo mostrou que eles fazem uma espécie de “treino” em animais que não conseguem se defender e depois partem para alvos humanos.
Recentemente um outro serial killer de gatos fez um verdadeiro estrago em Campinas (SP). Ele estrangulou 13 gatos num só dia, bebeu o sangue do crânio deles e arrancou a cabeça de um. Apesar da extrema violência de seus atos – o que representa um perigo também para a sociedade humana – passou uns poucos dias numa clínica psiquiátrica (onde se apresentou voluntariamente numa inteligente estratégia para ganhar tempo) e depois sumiu.
Representando um grande perigo para os animais e também para as pessoas, esse tipo de assassino precisa ser detido o mais rápido possível numa ação conjunta e intensa da Polícia com a comunidade.
Confira abaixo a reportagem do G1 na íntegra sobre o caso de Leme (SP):
Mutilação de gatos em Leme gera revolta e moradores oferecem recompensa por denúncias
Os moradores do bairro Nova Santa Rita, em Leme (SP), estão assustados e revoltados com a quantidade de gatos que estão sendo mutilados.
Um grupo de pessoas começou a oferecer uma recompensa de R$ 500 e já aumentou para R$ 1 mil para quem denunciar o autor dos crimes. Um boletim de ocorrência foi registrado e a Polícia Civil vai apurar os casos.
Mutilação
Desde quarta-feira (17) três gatos foram encontrados com partes do corpo mutiladas: dois tiveram os rabos estraçalhados e um ficou sem os testículos.
O gato da comerciante Silva Ligeiro foi uma das vítimas. Na quarta-feira ela chegou em casa e encontrou o animal todo ensanguentado.
“Ele estava com o nariz e boca ensanguentados e as partinhas de baixo dele tinham sido cortadas com uma tesoura. No começo a gente achou que ele tinha sido atropelado, mas nos levamos ao veterinário que constatou que ele havia sido cortado”, contou.
A auxiliar administrativa Mariana de Oliveira tem quatro gatos e está preocupada. Ele é uma das pessoas que está oferecendo recompensa. Até uma faixa foi pendurada no bairro para avisar os moradores.
“A gente pede a colaboração dos moradores que se tiver alguma informação não ocultar porque são vidas e esse crime não pode ficar impune”, afirmou.
Guarda faz rondas
Em nota, a Prefeitura de Leme disse que o caso se trata de um ato criminoso contra os animais e que a Guarda Civil Municipal (GCM) está realizando rondas ostensivas pelo bairro.
O crime de maus-tratos contra animais tem pena que varia de três meses a um ano de prisão, além de multa, que é aumentada em caso de morte do animal. As denúncias também podem ser feitas pela Delegacia Eletrônica de Proteção Animal.
Nota da Redação: a ANDA reforça que animais não devem, em hipótese alguma, ter acesso à rua. Portões e muros altos garantem que cachorros fiquem apenas dentro do quintal e da própria residência. No caso dos gatos, é necessário o uso de telas nas janelas, quando o animal não sai de dentro da casa, ou no quintal. Permitir que animais saiam sozinhos à rua é expô-los não apenas ao risco de envenenamento, mas também de atropelamento, contágio por doenças, agressões e, no caso de animais não castrados, gravidez, que pode levar ao aumento do abandono com a possibilidade dos filhotes nascerem na rua.