O guitarrista da banda Queen, Brian May, defendeu o veganismo como uma forma de combater novas pandemias. Isso porque já se sabe da relação entre o surgimento de vírus e a exploração de animais para consumo e outras finalidades. Um exemplo disso é o coronavírus, que teria surgido em um mercado em Wuhan, na China, que comercializa animais silvestres vivos e mortos.
“Se quisermos analisar a questão a fundo, penso que devíamos repensar se devíamos comer animais”, afirmou o guitarrista, que é vegano, em entrevista ao NME.

“Cada vez é mais certo que comer animais não é a coisa mais adequada para a nossa saúde”, completou. No que se refere à saúde humana, o consumo de produtos de origem animal é perigoso não só por conta do risco de novas pandemias, mas também por doenças que, segundo estudos, são causadas por esses produtos – dentre elas, o câncer.
“Em janeiro aceitei o Desafio Vegan e agora sou vegano há três meses. Foi uma experiência, porque há muito que defendo os direitos dos animais mas debatia-me com o fato de, ocasionalmente, ainda os comer”, explicou.
“Tornar-me vegano foi apenas uma decisão, não tenho tentado convencer ninguém a fazer o mesmo, mas agora estamos vendo mais consequências de como o fato de comermos animais nos derrubou enquanto espécie. Penso que chegou a hora de reavaliarmos o nosso mundo de forma a não abusarmos de outras espécies”, acrescentou.
Brian May acredita que o veganismo representa o futuro e espera que o governo chinês mude sua postura quanto ao comércio de animais para consumo. Por conta do coronavírus, a China já proibiu a venda de silvestres para a alimentação humana na cidade de Wuhan, mas de maneira temporária.
“Convenhamos, é um bocado medieval comer morcegos. A gripe das aves, a Sars, todas essas doenças que nos afetaram… e porquê? Devido a estas práticas medievais. Eles têm de mudar de atitude. O que aconteceu pode conduzir a uma mudança. Se isto não o fizer, não sei o que fará”, afirmou o guitarrista.
Nota da Redação: a mudança em relação ao fim do consumo de produtos de origem animal deve ser feita não só pela China, mas por todo o mundo. Há quem pense que a responsabilidade por pandemias é restrita à China e ao consumo de animais silvestres. Isso, no entanto, não é verdade. Qualquer país, inclusive o Brasil, está sob o risco de ser o epicentro de uma pandemia por conta da exploração animal, especialmente graças às condições degradantes e insalubres às quais os animais são mantidos. Diante disso, a ANDA pede aos seus leitores que não esperem ações governamentais, tampouco mudanças drásticas da sociedade, para fazerem sua parte. Adotar o veganismo é uma decisão altruísta que deve ser tomada como forma de protesto, para não colaborar com o sofrimento dos animais, a devastação da natureza causada pela pecuária, que desmata e polui, e o adoecimento da sociedade, seja através de pandemias ou de doenças causadas pelo consumo de produtos de origem animal, como o câncer.