Por Rafaela Damasceno
As linhas de energia dos postes da Espanha matam milhares de pássaros por ano no país. O Promotor de Justiça definiu os números como “intoleráveis” e criticou a resposta passiva das autoridades ao problema.

“É realmente um massacre”, disse Ernesto Álvarez, presidente do Grupo de Reabilitação da Fauna Indígena e seu Habitat (GREFA, na sigla em inglês), que lida frequentemente com a questão de monitorar os cabos de energia em todo o país.
O vice-presidente da Associação Espanhola de Agentes Ambientais e Florestais (Aeafma, na sigla em inglês), Esaú Escolar, concorda, e também diz que as autoridades não lidam com a questão de maneira correta – os proprietários dos cabos de energia quase nunca são multados e responsabilizados.
Uma missiva foi enviada para as autoridades regionais recentemente, elaborada pelo procurador do Departamento de Meio Ambiente e Urbanismo, Antonio Vercher. Um processo envolvendo o assunto foi aberto em 2017, mas depois de anos pedindo informações às autoridades, a conclusão foi que os oficiais não iniciaram nenhuma ação disciplinar competente para encontrar o porquê das mortes das aves nos cabos de energia.
O Promotor de Justiça afirmou que, para justificar a falta de ação, muitos disseram considerar as mortes como acidentes; outros alegam que as empresas de eletricidade concordaram em consertar os cabos com defeitos, o que impede as autoridades de tomar ações disciplinares.
De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente da Espanha, cerca de 33.000 aves de rapina morrem a cada ano no país por causa dos cabos elétricos. Um estudo da Fundação Amigos da Águia Imperial acredita que o número é ainda maior: algo em torno de 192.000 e 337.000.
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