
Um cavalo morreu na madrugada desta sexta-feira (27) após passar toda a quinta-feira agonizando, deitado em um terreno do Jardim Margarida, em Ferraz de Vasconcelos (SP), segundo a ONG Projeto Adote Suzano (PAS). De acordo com o presidente da entidade, Lisandro Frederico, a ONG buscava uma forma de enviar o animal para atendimento desde a manhã de quinta, inclusive no departamento de zoonoses da cidade.
“Não tive nenhum apoio. Nenhuma movimentação. Não tem plantão. Me passaram o contato de um veterinário, mas ele disse que infelizmente a pessoa que poderia ajudar estava viajando”, contou Lisandro.
O presidente da ONG afirmou que o cavalo tinha cortes em três patas e também na parte de cima do corpo. Na madrugada desta sexta, ele conseguiu ajuda de uma ONG de Mairiporã para retirar o animal, que chegou a ser levado para uma clínica veterinária. Mas, na manhã desta sexta, Lisandro foi informado que o cavalo não resistiu.

O presidente da ONG diz que eles chegaram a dar água e alimentar o animal, que havia sido amarrado pelo “tutor” no alambrado. Segundo ele, o tutor disse que tinha expectativa que alguém o socorresse. “Ele ficou muito tempo agonizando, perdeu muito sangue, estava em local inóspito e muito frio. Estava entrando em quadro de hipotermia”, relatou Lisandro. “A morte aconteceu aparentemente por uma parada cardíaca pelo estado que ele já estava”, continuou.
Segundo a ONG, o tutor do animal disse que nunca praticou nenhuma violência contra o cavalo. “Ele contou que o animal amanheceu daquela forma, que não sabia o que tinha acontecido, que ele ficava na rua, mas era bem cuidado.”
Denunciantes informaram que o animal estava andando machucado pelas ruas no começo da semana. Lisandro não sabe exatamente desde quando o cavalo estava caído no terreno, mas diz que pelo menos durante toda a quinta-feira ele ficou ali.
Segundo a ONG PAS, a Polícia Militar e a Guarda Municipal foram chamadas durante o resgate por se tratar de um local perigoso. A reportagem procurou a Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos, por e-mail, telefone fixo e celular, para questionar a falta de atendimento do departamento de zoonoses, mas ainda não recebeu resposta.

Fonte: Jornal Floripa