
O aumento do número de interessados em levar um animal abandonado para casa, registrado no início da pandemia de coronavírus, continua a crescer em Divinópolis, no interior de Minas Gerais. A Sociedade de Proteção dos Animais da cidade tem sido constantemente procurada por pretensos adotantes.
Os voluntários da entidade deixam claro, no entanto, que a adoção deve ser feita de maneira responsável e que o tutor deve planejar sua vida pós quarentena para incluir o animal no seu dia a dia.
Para a psicóloga clínica Amanda Amaral, a adoção de um animal pode ajudar a pessoa a enfrentar a solidão da quarentena.
“Um animal tem a capacidade de preencher ambientes, promove interação entre os membros da casa. Se houver criança em casa, esse animal vai despertar o senso de cuidado dessa criança. Além de tudo, alegra o ambiente e desperta bons sentimentos que são o cuidado, o amor, o carinho. Uma excelente opção neste momento em que a solidão ganha espaço nos lares. Mas é preciso ter responsabilidade no ato de adotar”, afirmou Amanda, em entrevista ao portal G1.
De acordo com a voluntária da Sociedade Protetora dos Animais, Suila Viana, os adotantes são entrevistados para que a entidade avalie se ele tem condições e responsabilidade suficientes para levar o animal para casa.
Após a entrevista, caso o candidato à adoção seja aprovado, o animal vai para o seu novo lar, mas não deixe de ser monitorado pela ONG.
“Graças a Deus, nesse período a gente tem conseguido doar muitos animais. Os adotantes passam por uma entrevista com a gente, assinam um terno em que eles se comprometem a dar continuidade à vacinação, fazer a castração, se ainda não tiver sido feita. A gente faz um acompanhamento durante e depois da adoção desse animal”, explico Suila.
Uma das tantas pessoas que decidiu mudar a vida de um animal abandonado durante a quarentena foi a fisioterapeuta Janayna Pereira. Ela optou por adotar um cachorro neste momento porque os filhos, Lucas e Luiza, estão mais tempo em casa, já que não estão indo à escola por conta do coronavírus. Na opinião dela, o tempo livre das crianças permite que eles interajam mais com o cão.
“Com essa pandemia, a gente tem mais tempo em casa e eles também e o Lucas vinha sempre pedindo e resolvemos adotar. Os meninos agora têm mais atividades, eles já estavam entediados de ficar em casa, sem poder sair, agora com o Pigues eles ajudam a cuidar, dar ração, limpar a sujeira que ele faz, eles estão mais ativos”, contou Janayna.