
De 20 de junho a 13 de agosto, mais de 400 pinguins encalharam em praias do litoral de São Paulo – mais de 200 deles sem vida. Os animais-marinhos foram encontrados em praias de Santos, São Vicente, Guarujá e Bertioga.
Os animais foram retirados das praias pelo Instituto Gremar. Dos 402 pinguins, 122 estavam vivos – sendo 62 em Bertioga, 43 em Guarujá, 13 em Santos e quatro em São Vicente – e 280 foram encontrados mortos ou morreram antes de chegarem ao Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos. Dentre os mortos, foram encontrados 126 em Bertioga, 131 em Guarujá, cinco em Santos e 18 em São Vicente.
A maioria dos pinguins resgatados com vida estava exausta e desnutrida – parte deles, em estado grave. Ferimentos leves e lixo no trato gastrointestinal também foram identificados.
Como os animais resgatados têm reagido bem ao tratamento, um grupo já foi transferido para um recinto externo, com tanque de volume médio, onde fortalecem a musculatura e a impermeabilização das penas – fatores essenciais para a vida na natureza.
O Gremar explicou ao G1 que o período migratório dos pinguins se inicia quando o inverno começa no Hemisfério Sul. Os animais migram da Argentina, Chile e Ilhas Malvinas para o Brasil, onde procuram alimento. Correntes marítimas e ações antrópicas causam os encalhes.
Ao encontrar animais vivos ou mortos em praias entre São Vicente e Bertioga, a população deve evitar contato e acionar um órgão ou instituição ambiental. O Gremar atende pelos telefones 0800-6423341 e (13) 99711-4120.