
Quase 12 milhões de brasileiros sofrem de depressão e 18,6 milhões são afetados pelo transtorno de ansiedade. Os dados de 2019, divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), expõe as dificuldades enfrentadas por boa parte da população, numa luta diária para combater essas doenças psíquicas.
Esse cenário, no entanto, é agravado pelo isolamento social imposto pelo coronavírus. Sem poder sair de casa para se distrair e encontrar amigos e, em muitos casos, vivenciando dificuldades financeiras e o medo do futuro, que é tão incerto, essas pessoas sofrem ainda mais. É nesta hora que a companhia de um animal pode fazer toda a diferença.
A veterinária Thais Matos, da DogHero, explicou ao Estadão que o convívio com os animais estimula a produção e a liberação de endorfina e serotonina no organismo humano, substâncias químicas que geram sensação de bem-estar e relaxamento.
Sencientes – isso é, detentores de capacidade emocional -, os animais têm sentimentos como medo, dor, alegria e saudade. E é através deles que vínculos são criados entre humanos e animais.
“Esse elo ocorre por meio da relação de confiança que se cria entre tutor e o animal. Além da companhia, a convivência com animais pode funcionar como uma terapia ao ser humano, pois as brincadeiras, conversas e o carinho que eles retribuem e até a aceitação ao tutor sem julgamentos, são capazes de diminuir o estresse, trazer conforto e fortalecer os laços entre eles”, explicou a veterinária.
O terapeuta Abel Antonio Pinto, que atende pelo aplicativo de contratação de serviços GetNinjas, lembrou que a empatia que os animais sentem pelos humanos promove uma troca verdadeira na relação afetiva, ajudando a diminuir distúrbios de ansiedade e solidão. “O animal dependerá exclusivamente do cuidado do tutor e isso faz com que a pessoa se sinta mais útil, aumentando sua autoconfiança”, concluiu.
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