No ano passado, foi aprovado pelos ministérios da Agricultura e da Saúde um medicamento para o tratamento da leishmaniose canina. O fato trouxe esperança aos tutores e animais, que antes eram encaminhados para a morte induzida, sem nenhuma chance de cura.
Para a incentivar o tratamento de animais contaminados pela leishmaniose, uma campanha intitulada #NãoMateTrate foi criada e lançada nas redes sociais pela ONG Arca Brasil, junto do Brasileish, uma associação que desenvolve pesquisas e emite orientações a respeito do manejo clínico da doença.

“Como a aprovação do tratamento é recente, tutores e veterinários têm dúvida sobre o assunto, ou simplesmente desconhecem esta alternativa. Infelizmente, ainda há muitos profissionais que indicam a eutanásia, já que esse era o procedimento padrão até recentemente. As pessoas precisam saber que o tratamento existe e que ele é uma escolha a ser feita pelos tutores”, afirmou, em entrevista ao Blog da Folha, o presidente da Arca Brasil, Marco Ciampi.
O governo brasileiro aprovou o uso de apenas um medicamento contra a doença, o Milteforan. Com o tratamento, o animal apresenta melhora clínica, mas permanece sendo reservatório da doença. Por essa razão, é necessário que o tutor do animal tenha consciência que, além de tratamento contínuo, o cão precisará de acompanhamento veterinário por toda a vida.
“Estamos falando de uma doença crônica e muito agressiva, então é preciso que os tutores assumam a responsabilidade pelo tratamento”, explica o veterinário Fábio Nogueira, um dos fundadores do Brasileish.
A campanha pelo incentivo ao tratamento, que conta com um vídeo demonstrando como os animais reagem à medicação, coincide com a Semana de Combate à Leishmaniose Visceral Canina.
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