
É especialmente interessante examinar a ciência por trás do riso. Existem duas categorias principais: uma resposta a estímulos físicos – como cócegas – e risadas sociais.
Os seres humanos começam ainda bebês e os cegos e surdos também riem, o que é uma grande pista de que o riso é uma função cerebral profunda.
Os cientistas têm tentado entender o riso há muito tempo e descobriram alguns fatores interessantes.
A ideia de que outros animais além dos humanos riam pode ser rastreada pelo menos até 1872 no trabalho de Charles Darwin, “A expressão das emoções no homem e nos animais”.
Segundo pesquisas da Universidade de Hannover, “os primatas passaram em torno dos últimos 10 a 16 milhões de anos evoluindo essa habilidade”.
Em um estudo de 2009, os pesquisadores descobriram que as características do riso humano – o que o torna distinto de outros sons – podem ser rastreadas até os nossos antepassados, que são compartilhados com os dos grandes primatas.
Há uma origem evolutiva comum para o riso induzido por cócegas em humanos e grandes macacos. Assim, o riso é, cientificamente falando, algo que compartilhamos com múltiplas espécies, informou o Care2.
“Circuitos neurais para o riso existem em regiões muito antigas do cérebro e formas ancestrais de brincadeiras e risos existiram em outros animais antes da chegada dos humanos”, explica Jaak Panksepp, neurocientista de Washington.
Em 2000, foi descoberto que os ratos também riem quando sentem cócegas. Naturalmente, o som que eles fazem é muito diferente do riso humano. Esse som está fora da faixa auditiva humana e é o mesmo ruído que os ratos fazem quando brincam.
Ainda há um longo caminho a percorrer antes que os cientistas estejam prontos para classificar outros animais como sendo capazes de rir mesmo que saibamos sobre sua capacidade de sentir uma série de emoções.
Quanto a outros animais próximos a nossos grandes amigos primatas, muitas espécies produzem um som diferente e ofegante que funciona muito como o riso.
Com base no que sabemos atualmente, esses animais – incluindo cães e golfinhos – usam isso para mostrar que estão se divertindo.
Ainda temos um longo caminho a percorrer antes de compreendermos que outros animais também podem emitir sons de alegria enquanto brincam ou sentem cócegas ou se existem maneiras diferentes de expressarem sua felicidade.
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