Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Uma investigação realizada ao longo de dois anos expôs como a agropecuária não é apenas cruel para os animais explorados em fazendas industriais, como também possui um impacto devastador sobre os animais selvagens mais icônicos do mundo.
O livro “Dead Zone: Where the Wild Things Were” revela que, nos 50 anos desde que as fazendas industriais começaram a ser amplamente adotadas, metade da vida selvagem do mundo desapareceu, de acordo com informações divulgadas pelo The London Economic. Atualmente, a perda de espécies ocorre mil vezes mais rápido do que o que os cientistas consideram “normal”.
O especialista em vida selvagem Chris Packham classificou a obra como “um relato honesto, irresistível e importante e um apelo crítico à fusão da agricultura, da alimentação e da natureza para proporcionar uma segurança ecológica global”.
Philip Lymbery, autor do livro e CEO da Compassion in World Farming, declarou: “Ao escrever este livro, descobri os dois lados destrutivos da agropecuária: a crueldade infligida aos animais em fazendas em grande escala e o impacto que ela possui sobre o ambiente e nossa muito amada vida selvagem”.

Ele também mostra como grandes quantidades de peixes – dos quais pinguins, papagaios, golfinhos e baleias dependem para sobreviver – têm sido retirados do mar e enviados ao redor do mundo para serem usados como alimentos para peixes, galinhas e porcos em explorações.
A agropecuária usa quase metade da superfície terrestre utilizável do mundo. O que acontece nessas regiões possui, portanto, um enorme impacto sobre a biodiversidade.
O livro propõe uma solução que deve ser adotada antes que seja tarde demais: restaurar os animais nos habitats em sistemas mistos de agricultura rotacional, como pastagens. Uma descoberta fundamental do livro é que esses sistemas não são apenas comercialmente viáveis, mas proporcionam um melhor bem-estar animal e permitem que os animais selvagens também prosperem.
A Compassion in World Farming tem pressionado o governo britânico a incentivar a sustentabilidade alimentar e agrícola por meio de leis e do apoio a subsídios para um afastamento dos métodos industriais e implementação de métodos de cultivo de pastagens – que aproveitam os ricos campos que cobrem grande parte do país. “Dead Zone: Where the Wild Things Were” foi publicado pela editora Bloomsburry.
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