Por Filype Ruiz | Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Há 12 anos nascia o leão marinho batizado de Abaré-Inti. O que Abaré não sabia é que do nascimento ao fim da vida ele jamais seria livre. E mais, serviria de entretenimento aos humanos.
Confinado em um aquário do litoral paulista, pessoas de vários cantos do país foram visitá-lo ao longo dos anos, especialmente no verão. No entanto, só o que Abaré podia fazer era observar por trás de um vidro quem chegava e saia.

Por conta do seu décimo segundo ano de vida existência, a prefeitura da cidade achou que Abaré merecia uma festa, e organizou um evento com atividades para as crianças, famílias, e exposição de fotos dos 12 anos de exploração. Celebração essa que, mais uma vez, só o que o aniversariante pôde fazer foi observar.
Abaré nunca esteve sozinho, pelo contrário, mais de 200 outros animais estão presos com ele, quais também tiveram suas sentenças decretadas ao nascerem.

E se não bastasse o que já lhe era reservado desde o dia 2 de fevereiro de 2005, uma ironia cruel o acompanharia em seu nome, já que Abaré significa “amigo do homem” e Inti representa o deus do sol na mitologia Inca, duas coisas quais ele jamais teria, a verdadeira amizade do homem, e a chance de adorar o sol em seu esplendor.
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