Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Por mais de 10 anos, a premiada fotojornalista canadense, Jo-Anne McArthur, usou suas fotografias e palavras para incentivar pessoas de todas as idades e regiões a olhar para animais em cativeiro de uma forma completamente nova. Com histórias trágicas como a de Harambe, o gorila que foi baleado no Zoológico de Cincinnati, grande parte da sociedade já começou a repensar e criticar eticamente a prática de manter animais em cativeiro para o nosso entretenimento.
O problema é que, como acontece com muitas questões na sociedade, a menos que essa exploração ocorra na nossa frente ou que tenhamos mais informações sobre a crueldade e a tristeza nessa indústria, parece mais fácil deixar que isso caia no esquecimento e fique fora de nossas mentes. Porém, Jo-Anne McArthur trabalha para impedir que isso aconteça.

Em parceria com a Born Free Foundation, McArthur visitou vários zoológicos e aquários da Europa e documentou a situação dos animais em cativeiro nesses locais. Com imagens poderosas e ensaios textuais, ela criou o livro “Captive”, que visa conscientizar as pessoas sobre a situação dos animais em cativeiro em todo o mundo.
A fotógrafa compartilhou algumas das imagens angustiantes que observou. A maioria destes animais confinados vive em um mundo e repleto de angústia e solidão.

McArthur viu animais que normalmente viajam em rebanhos, como elefantes, sujeitos a um pequeno quarto com nenhuma interação com outro ser. Ela observou animais que deveriam percorrer grandes distâncias na natureza forçados a se agitar pateticamente em recintos inadequados e estreitos.
Enquanto algumas pessoas tentam argumentar que zoológicos são “educacionais”, a obra de McArthur rapidamente revela que esta não é a norma em todos os lugares. Alguns zoológicos nem sequer se esforçam para encobrir a essência do que eles realmente são: prisões.
Ela também fez questão de expor o papel que os humanos possuem ao interagir com os animais, documentando como os visitantes de zoológicos e aquários podem não perceber a tristeza dessa situação.

Suas imagens destacam a crueldade que é usar uma jaula ou uma janela de vidro para separar o espectador de um prisioneiro. Ao capturar os momentos em que as pessoas são justapostas com animais em cativeiro, ela é capaz de ilustrar a injustiça absoluta do confinamento.
Uma imagem capta perfeitamente a ironia da nossa sociedade. Por exemplo, os parques marinhos usam adereços festivos, como balões, quando os animais estão miseráveis.

A fotógrafa incentiva as pessoas a repensarem seus comportamentos e analisarem criticamente zoológicos e instalações semelhantes.
“Estamos em um momento importante na história agora. Mais do que nunca, as pessoas têm pensado sobre a ética de manter animais em cativeiro para o nosso entretenimento. Esta reflexão irá estimular uma nova era, na qual (re) consideramos nosso relacionamento com outros animais. ‘Captive’ pretende ser uma parte dessas importantes discussões”, disse McArthur.
Olha a população tem sim pensado sobre isso, muitos ainda vão por ignorância, enquanto os que raciocinam pensam em outras diversões que circulam fora desse ambiente animal tão devastador pra eles.