
A construção de um parque eólico numa área de preservação no Maranhão provocou protestos de ativistas. As torres por onde vai passar a energia gerada na usina estão sendo erguidas numa região de areal.
O investimento de R$ 1,5 bilhão é da Ômega Energia. A usina, com 96 cata-ventos, da mesma empresa, em Parnaíba, no Piauí, deve entrar em atividade em 2017 e a meta é produzir 220 megawatts, energia que dá para abastecer uma cidade com 700 mil habitantes.
As obras, que estão sendo feitas entre o Parque Nacional dos Lençóis e a área de proteção ambiental do delta do Parnaíba, devem prejudicar várias espécies de aves migratórias que passam pela região. Os ativistas avaliam que os cata-ventos irão formar uma barreira de nove quilômetros no caminho das aves.
“Elas voando uma atrás da outra, em certos momentos, com o ruído, elas vão se deslocar, e aí é nessa hora que tem a morte de algumas aves”, diz Alexandre ugart.
O canteiro de obras para instalação das turbinas também fica perto de uma área de desova de tartarugas. “É a mudança da ecologia das dunas. Porque você introduziu grandes áreas de lagoas. Isso tem um impacto. Você acaba modificando a biota da região”, afirma Leonardo Gonçalves, oceanógrafo da UFMA.
O gerente de Meio Ambiente do Complexo Eólico Delta III não acredita que o refúgio das tartarugas tenha sido afetado: “Qualquer intervenção física da obra do parque está ocorrendo a 500 metros de distância da praia, o que assegura que não vai haver nenhuma obra em área de possível desova de tartaruga”, diz Tiago Nogueira.
Fonte: G1
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