Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Há meio século os ativistas pelos direitos animais tentam acabar com as fábricas de filhotes, as conhecidas “puppy mills”. Nos EUA, muitos políticos têm se posicionado contra a prática cruel e as condições insalubres, mas ainda existem muitos obstáculos pela frente.
Uma das mais recentes vitórias dos animais foram as leis municipais que proibiram a venda de cães originados de fazendas de filhotes em pet shops.
Essas fazendas, que geram cerca de 2 milhões de filhotes por ano, se concentram geralmente no centro-oeste dos Estados Unidos e são fiscalizadas por legislações que são favoráveis a esse tipo de negócio. São leis que não focam no bem-estar animal e geram um ambiente nocivo para a criação de cães.
Entretanto, muitos desses cães são vendidos para as grandes cidades. Logo, ativistas moveram a luta para o ponto de compra e venda.
Graças às leis aplicadas em diversas cidades americanas, a partir de 2006, os animais expostos em vitrines de pet shop eram animais resgatados do abandono.
Este ano, porém, a indústria de criação de filhotes conseguiu ter seu lado favorecido. Uma lei estadual, aplicada pelo Governador Doug Ducey, afirmou que as leis locais não poderiam regulamentar a situação das puppy mills, logo, pet shops teriam a permissão de voltar a vender animais originados desses locais.
Os ativistas argumentam que não é papel do Departamento de Agricultura dos EUA regulamentar o bem-estar de cães em lojas. “O governo precisa admitir que não consegue reforçar as leis através desse tipo de abordagem, ” afirmou o Steve Kozachik, do Conselho de Tucson ao Arizona Capitol Times.
John Goodwin, diretor sênior da campanha da Humane Society, “Stop Puppy Mills”, afirma que, na realidade, a venda de filhotes significa apenas 2% da renda de uma loja de pet shop. Logo, as leis municipais não estariam prejudicando significativamente as lojas. 25% das redes de pet shops dos EUA e Canadá já pararam de vender cães vindos de puppy mills comerciais.
Diversos estados americanos optaram por regular a comercialização de cães. O vice-secretário de reforço das leis para cães comentou sobre a situação das fazendas ao New York Time: “Os cães precisam de exercício. Eles são submetidos a condições insalubres, sem veterinários, e sofrem de doenças dolorosas por ficarem o tempo todo em cima de grades de gaiolas, ” afirmou ele.
Atualmente, está ocorrendo uma luta de interesses entre aqueles que desejam regulamentar cada vez mais a indústria de criação de cães e os que querem se beneficiar a partir dela. Inúmeros projetos de lei são apresentados em vários estados americanos e, logo, espera-se que as legislações municipais que são contra esse tipo de prática consigam efetivamente ser aplicadas.
Nota da Redação: Assim como nos EUA, as fábricas de filhotes infelizmente também existem no Brasil e precisam ser criminalizadas. A venda de animais é um desrespeito à vida, e a forma como eles são tratados é desumana. Nenhum animal merece ser mantido em uma gaiola e vendido por pessoas que não se importam com seu bem-estar.
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