
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a Polícia Militar devolveram ao rio quatro tartarugas e um tracajá que iriam ser comercializados clandestinamente em Alenquer, oeste do Pará. Os animais, que pesavam em média 20 kg, estavam com pescadores na localidade Salvação, zona rural do município, e seriam vendidos para restaurantes, consumidores da cidade e proprietários de embarcações que fazem linha para Manaus (AM).
Os animais foram recuperados graças a denúncias anônimas feitas à Secretaria de Meio Ambiente. Eles estavam presos há vários dias e alguns tinham sinais de maus tratos, como ferimentos nos cascos e nas patas. “Durante a ação de fiscalização em que foram encontrados, esses animais foram levados até a secretaria [de Meio Ambiente] para fazer todo o procedimento. Durante esse trabalho de logística, eles tiveram uns arranhões, mas foram levados para a Semma para tomar algumas providências e para ser feita a soltura”, explicou o biólogo da Semma, Glauber Sampaio.
Neste período do ano, são frequentes as apreensões desses animais que estão no momento de reprodução e não podem ser capturadas. A caça a esses animais ainda é uma preocupação para órgãos ambientais na região. Por serem muito apreciadas na culinária tradicional, acabam nas mãos de pescadores e comerciantes.
Peixes
As fiscalizações da Secretaria de Meio Ambiente não se restringe apenas a quelônios, mas também a espécies de peixes que estão protegidas pela Portaria do Defeso para que possam se reproduzir. “A gente vai ter muito trabalho porque entraram muitos peixes no Defeso e estamos com parceria com a Polícia Militar que está nos apoiando, não só aqui, como em toda a área de Alenquer. Pedimos aos pescadores para andarem com sua carteirinha”, explicou o agente ambiental, Gean Dautino.
Na bacia amazônica, 11 espécies de peixes estão proibidas de serem capturadas, armazenadas, transportadas e comercializadas: tambaqui, jatuarana, pacu, mapará, pirapitinga, aracu, curimatá, branquinha, fura-calça, acari e pirarucu. A pena para quem descumprir a lei é multa de até R$ 100 mil e acréscimo de R$ 20 por quilo de peixe, além da apreensão do material utilizado.
Fonte: G1
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