
“Passa, ave, passa, e ensina-me a passar!” podia resumir a ação do Centro de Recuperação de Fauna do Parque Biológico de Gaia (PBG), que assinala este sábado o Dia Mundial do Animal com a libertação de algumas dezenas de pássaros.
O excerto é de um poema de Fernando Pessoa, já o trabalho de recuperação de aves feridas encontradas, apreendidas ou entregues no PBG – o primeiro centro de recuperação que abriu em Portugal – tem cerca de trinta anos, estando mais “sistematizado” desde há uma década.
“É um trabalho importante por duas razões: pela conservação da natureza, a questão das espécies raras, mas fundamentalmente pela educação ambiental”, descreveu à Lusa o diretor do PBG, Nuno Oliveira.
Às vezes algumas famílias fazem quilômetros para entregar um animal ferido. A fiscalização por parte das autoridades também tem vindo a aumentar, mas o PBG garante que “sensibilização nunca é demais”.
Até à data, em 2014 ingressaram no centro gaiense cerca de 1.500 animais, dos quais cerca de 800 são espécies selvagens. “Destes 800, 50% foram recuperados e devolvidos à natureza”, informou a direção.
Em 2013, este espaço acolheu 3.289 animais vivos, mais 1.170 face ao ano anterior. Tratou-se do maior número de animais vivos que deram entrada num ano. Em 2000 foram 304 os animais recolhidos.
Fonte: Correio da Manhã
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